21 de dezembro de 2007

Modelo das Comunidades de inquirição

Um importante modelo para o ensino mediado por computador que foi desenvolvido por Garrison, Anderson & Archer (2000) é o modelo das comunidades de inquirição. Este modelo considera a criação de uma comunidade de investigação online como um processo que envolve três elementos: a presença cognitiva, a presença social e a presença de ensino. Este modelo será tratado com algum detalhe pois o propósito desta tese relaciona-se com um daqueles elementos, a presença social experimentada num curso mediado por computador.

Os investigadores Garrison, Anderson & Archer (2000) pretenderam conhecer os conceitos e os instrumentos envolvidos na comunicação mediada por computador (CMC) e de que maneiras as conversas realizadas podem apoiar a experiência educativa. No centro do seu estudo está o modelo das comunidades de inquirição, cujos os elementos vão influenciar a experiência educacional online - Figura Modelo das comunidades de inquirição de Garrison et al. (2000).


Aqueles investigadores consideram que a aprendizagem ocorre através da relação de três elementos: presença social, presença de ensino e presença cognitiva. O primeiro elemento é a presença social, definida como a capacidade dos participantes se projectarem socialmente e afectivamente numa comunidade de investigação. O segundo elemento, designado por presença de ensino, refere-se ao design do material, à gestão realizada pelo professor, com o fim de promover o discurso. O terceiro elemento, a presença cognitiva, que se sustenta na integração dos dois elementos anteriores, relacionando-se com a medida em que os indivíduos que constituem uma comunidade de investigação, são capazes de construir conhecimentos significativos através de comunicação sustentada.
Garrison, Anderson & Archer (2000) caracterizam os elementos constituintes do modelo das comunidades de inquirição como está apresentado na Tabela 3, explicitando, respectivamente, as categorias e os seus indicadores.

A aprendizagem online privilegia a interacção entre os participantes, assim como o desenvolvimento do trabalho colaborativo. O conhecimento é adquirido a partir das relações interpessoais, em conformidade com o novo paradigma na educação, no qual os alunos não são apenas sujeitos da aprendizagem, mas são sujeitos activos que colaboram e aprendem com os elementos do grupo de trabalho, verificando-se, geralmente, que o par mais experiente partilha os seus conhecimentos com o par menos experiente.



Garrison, D. R., Anderson, T., & Archer, W. (2000). Critical inquiry in a text-based environment: Computer conferencing in higher education. Internet and Higher Education, 2(2-3), 1-14. Acedido em 21.08.2006: http://communitiesofinquiry.com/documents/CTinTextEnvFinal.pdf


VER: http://communitiesofinquiry.com/

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